Embora a tranquilidade seja assumida por Sexto
Empírico como fim do ceticismo, ela consistiria, segundo ele, num evento
acidental e superveniente da suspensão do assentimento (epoché). Sexto considera que somos perturbados pelas inconstâncias
das coisas e confusos a propósito daquelas às quais é necessário assentir.
Assim, ele apresenta o ceticismo como uma habilidade capaz de orientar a vida com
base na realidade fenomênica e, desse modo, nos livrar dos infortúnios
provocados pelas crenças. Ainda que evidencie certa preocupação em relação à
vida, e neste sentido pareça afinado com as demais escolas do período
helenístico, isto não significa que Sexto Empírico tenha admitido qualquer a
prescrição de uma arte de viver. Pelo contrário, Sexto procura expor a
inconsistência de tal prescrição. Esta comunicação tem como objetivo apresentar
a crítica de Sexto Empírico à arte de viver.
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